Pós-Graduação em Estatística Este será um relato pessoal da experiência de muitos anos em consultoria estatística. A experiência começa na universidade, no ano 1969, e continua, em outro ritmo e com modus operandi distinto, após a aposentadoria da universidade, em 1996.
Dessa experiência, ainda que reconhecidamente pessoal, retiro aspectos gerais, do que se espera de um consultor e do que se espera tecnicamente de um estatístico. Terei de dizer que um estatístico deve ter conhecimento muito bom (teórico e operacional) de computação e, além disso, também deve ter conhecimento do campo substantivo em que trabalha. Um estatístico também deve entender da base da estatística, ou seja, do método estatístico, em um certo sentido físico ou material muito específico. É raro encontrar profissionais de estatística com todo esse perfil.
Terei de dizer a minha fundada crença de que a formação profissional do estatístico deve dar-se na pós-graduação. A meu ver, uma formação básica em exatas, sobretudo em engenharia, seguida de mestrado é uma boa fórmula, sobretudo se o programa de pós-graduação voltar-se para uma concreta formação em matérias como amostragem, planejamento de experimentos, ajustes de modelos...
Finalmente, embora datamining não seja assunto do método estatístico como tal, e tenha sido desenvolvida fora da estatística, terei de dizer que um estatístico com boa formação – sobretudo em computação, terá grande facilidade em assumir essa área.
Tudo isto posto, espero ter tempo para descrever problemas (e soluções) que o trabalho tem trazido ao longo do tempo.
Para finalizar, terei de agradecer à universidade (a meus colegas) e o ambiente universitário, que me deram características de formação e de atuação que tem sido uma mola propulsora. Talvez o espírito acadêmico, de busca, estudo incessante e de colaboração entre pares seja o que mais me tem ajudado no trabalho de consultoria estatística.